Poemas de Cordel

Por:  "Jonaldo Daniel"


NA CASA DO AMIGO ZÉ

Um dos momentos mais ricos
Que passei naquela casa
La tinha varias comidas
Ate tinha tripa assada,
Mais um foi inesquecível
Quando cortei a BUCHADA...
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Foi no domingo passado
Na casa do amigo ZÉ
Depois da bela festança
Tomei até um café,
Foi uma tarde inesquecível
Na casa do amigo ZÉ...



















VIDA DO NORDESTINO

O nordestino de antes
Era um povo que sofria
E entre muitos sufoco
Era terrível a revelia
Dos terríveis coronéis
Que sempre comandaria.
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O que restava para o pobre
Era uma casa que resistia
Um pote velho de barro
Cheio de água fria
Que servia como geladeira
Pra esfriar a melancia...





RAPÉ

Foi na data de hoje
Que fiquei muito contente
Pois voltei quando criança 
Pelos os caminhos da mente
Revivendo grandes momentos 
Aqui em meus pensamentos.
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Existia um caboclo
Firme e de porte ligeira
Tocava seu violão
Mas era um artesão de primeira
No ramo do Fumo de corda
Chamava-se VINO VIEIRA.
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Fazia como ninguém
Pelos os princípios da Fe
Um monte de gente espirrar
Sem pelos menos se quer
Com um pozinho milagroso
O seu famoso RAPÉ...


Lembranças dos Avós


Eu vivi a minha infância, 
Na casa de meu Avô;
A escutar todos os dias, 
Do quintal do Coletor;
As Andorinhas cantarem, 

No entardecer com Louvor. 
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O Gato se levantava, 
Pra comer o seu Angu;
Minha Avó se deslocava, 
Lá da casa de Lulu;
Com um Prato de Espécie 

Com Castanha de Caju.
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Isso foi há anos atrás, 
E tudo por lá mudou;
Meus Avós foram morar, 
Nos jardins do Criador;
Mas restaram as Andorinhas, 

Que estão lá toda tardinha; 
No quintal do Coletor.





















A vida dura

O Sertão daquele tempo;
Entregue ao Coronéis ,
Da vida pouco esperava; 
Os pobres sempre aos pés,
Desses Bandidos malvados; 

Que não valiam 1 Réis. 
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A única forma de vê; 
O doce da vida dura,
Do amargo sofrimento; 
Em meio à agricultura, 
Era beber água de Pote; 

Com um pedaço de Rapadura.
















A crença do Sertanejo

A crença do Sertanejo, 
Sempre foi de impressionar.
Pois pouca luz existia, 
Se não fosse à do Luar. 
Que todo vulto que via, 

Era de se apavorar.
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Em tudo se acreditava, 
Dos mais bizarros e temidos.
Personagens do Folclore, 
Do meu Brasil esquecido. 
Um deles palas Crianças, 
O terrível Papa-Figo















A triste partida

Devido ser muito forte, 
O calor lá do Sertão.
As águas que pouco existem, 
Em meios a região. 
Que secam rapidamente, 

Deixando os rachos no chão.
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Assim que vive o Sertanejo, 

Até hoje na batalha. 
De verem seus filhos partirem,

Em busca de novas áreas. 
Com o sonho de um dia voltar,

Para o lar que lá deixastes.




















Cabeça de Galo


No Nordeste Brasileiro, 
Da mata é conservador. 
De um povo forte e valente. 

Que não se afugenta da dor. 
Mesmo quando fica doente, 

Mostra-se um vencedor. 
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De varias formas que acha, 

Para tenta se curá-lo. 
De uma febre, uma fadiga, 

Ou ate mesmo um mal olhado. 
É comer em quantidade, 

Uma Cabeça de Galo..

















O aroma do sabor


Todos os dias as 18:30, 
O aroma se expandia 
Pelas as Ruas da Cidade, 

Em forma de alegria 
O povo se levantava, 

Sentava-se à mesa e sorria.
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Era à hora do jantar, 

Hora sagrada e de Fé
A família reunida, 

Uns sentados outros em Pé
Na mesa Cuscuz com Ovo, 

E uma Xícara de Café.




















O calor do meu sertão


Os dias do meu Sertão, 
É quente como a fornalha. 
As pessoas se refrescam, 
De varias formas Variadas. 
Dentro de Casa, e em arvores. 
Ou debaixo duma latada. 
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Uns a Beira de um Açude, 
Ou em uma rede armada. 
Na esquina, no Oitão, 
De uma Casa abandonada. 
Ou bebendo água gelada, 
Desfrutando umas Cocadas.
































O sono depois do almoço


Sempre depois do almoço, 
Batia o danado do Sono,
Na parede a Rede armada, 

A espera do seu dono,
E assim passava à tarde, 

Como um Rei passa no Trono. 
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Só ouvia o cantar dos pássaros, 

O balançar do Mulungu,
O vento nas frestas da telha, 

O coaxar do Cururu,
Ao beber água gelada, 

Comendo Doce de Caju.