17 setembro 2013

Julia Dantas da Silva - Dia da Independência.

José Daniel & Julia Dantas 
Foi no Sertão da Paraíba, 
Onde tudo começou
Elias Justino e Adélia
Num instante se casou,
Fazendo grande família
Com dificuldades prosperou.
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Foram seis ao total
Graça, Maria, Avaní
Julia, Antônio, Bariri
Fora os que Elias fez por fora,
Hora bolas, Brasileiro
Desses não podemos fugir.
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Maria e Luciana com Hilda Terto
Chandóca com dona Joana
Pois não sabemos ao certo
Era chegado numa Caraspana.
Quando era vivo dizia,
Cabra Velho, que bacana.
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No ano de 1942
Em meados da segunda Guerra
No sertão paraibano
A Seca parecia fera
Mas tinha rica natureza
Coisa lida e muito bela.
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Adélia se preparava
Para pari com decência
E foi em sete de Setembro
Dia da Independência
Que Julia vinha ao mundo
Franzina e de boa aparência.
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Viveu, cresceu e morou.
Nas terras da família Helóia
No Sitio de Várzea Alegre
Casa pequena, mas joia.
No município de São Mamede.
Palco da nossa história.
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Começou a se engraçar
Por aquela redondeza
Por um cabra bem baixinho
Mais cheio de suas belezas
Era Dede de Ogédio
Homem de pura firmeza.
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Era jovem bonita
Dotada de muito apreço
Mas não aguentou os encantos
Do jovem com adereço
Pois o cabra tinha a manha
E foi ai o grande começo.
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Em 1965 aos 23 anos de idade
Foi o laço matrimonial
Logo deu vez a maternidade
Veio ao mundo, belíssimas crias.
Foi tamanha felicidade.
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Ao decorrer da vida
Não importa o sofrimento
Deus foi muito generoso
Ludibriando esses momentos
Trazendo paz e alegria
Para os dias de acalentos.
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Foram Dez filhos ao todo
Mas Deus quis e não permitiu
Que três ficasse conosco
O destino nos feriu
Levando belas crianças
Julia sofreu e resistiu.
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Sete homens se criaram
Que lhe trazem muita alegria
Homens de boa índole
Dotados de boa valia
Que estão sempre lhe visitando

Quando a vida prestigia.

14 outubro 2012

Pé de manga


Há que saudades que tenho
Das terras do meu sertão
Aonde ia todo alegre
Pros sítios da região
Para subir nas mangueiras
Em busca de diversão
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Todo domingo eu ia
Com certeza ia rindo
Para o sitio de VARZEA-ALEGRE
Lá pra casa de BIRINO
Chupava manga à vontade
E sempre voltava sorrindo...

12 outubro 2012

Zé Tungão (Amigo do Além)


Foi no sertão da Paraíba
Onde vi com exatidão
Um camponês nordestino
Sempre a rabiscar o chão
Onde era conhecido
Como o velho ZÉ TUNGÃO.
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Vivia a rabiscar
Em pensamentos vazios
Com pedaço de graveto
Vários tipos de Navios
Pois era filho de navegante
Dizia assim quando se viu.
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Pelas as ruas da cidade
Só se via rabiscar
Sempre de cócoras e sozinho
Sem nem os olhos piscar
Estava ali ZÉ TUNGÃO
Seus navios a desenhar.
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Viveu naquela cidade
Sem saber quem era quem
Não tinha familiares
Pois não existia ninguém
Faleceu e foi morar
Com os amigos do alem...

04 setembro 2012

O artesão (Elias Justino)


ELIAS E SEU GATO LUQUINHA
Um artesão de primeira
Na arte do couro curtido
Que fazia os seus chapéus
Em bela costura e produzido
Em tamanho escalão
E nos sertão distribuídos.
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De todas as conquistas na vida
E dos amores conquistados
Procriou com três famílias
Deixando um grande legado
Filhos, netos e bisnetos
Que estão por ai, espalhados.
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De todas suas paixões
A quem nunca botou rinha
Cuidava como criança
Com muito amor e carinho
O seu inseparável gato
Em 17 anos, o Luquinha...

ELIAS, AILTON E LUQUINHAS

08 agosto 2012

Capela do sítio Várzea Alegue

Capela do sítio Várzea Alegue
A crença do nordestino
É mesmo de se intrigar
Vejam só a Capelinha
Feita para se rezar;
Fica a beira da estrada
Aonde eu ia todo alegue
Para um sitio na vizinhança
Chamado de Várzea – Alegre.
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Servia para pedir
Proteção ao Pai Eterno
Contra as noites chuvosas
Bem na época do inverno;
Pois na época meu patrão
Era chuva de montão
Era um causo, era um inferno.
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Muitos se abrigavam
Para passar o temporal
Pois naquela escuridão
O viajante passava mal;
Entocavam-se na capela
Passava a chuva tão bela
Mas era forte e brutal...



31 julho 2012

O Auge e o Fracasso


Empresa Algodoeira - CARIOCA

06 fevereiro 2012

Nordestinos SIM! Nordestinado NÃO! (Patativa do Assaré)

Patativa do Assaré
Nunca diga nordestino
Que Deus lhe deu um destino
Causador do padecer
Nunca diga que é o pecado
Que lhe deixa fracassado
Sem condições de viver
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Não guarde no pensamento
Que estamos no sofrimento
É pagando o que devemos
A Providência Divina
Não nos deu a triste sina
De sofrer o que sofremos
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Deus o autor da criação
Nos dotou com a razão
Bem livres de preconceitos
Mas os ingratos da terra
Com opressão e com guerra
Negam os nossos direitos
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Não é Deus quem nos castiga
Nem é a seca que obriga
Sofrermos dura sentença
Não somos nordestinados
Nós somos injustiçados
Tratados com indiferença

Sofremos em nossa vida
Uma batalha renhida
Do irmão contra o irmão
Nós somos injustiçados
Nordestinos explorados
Mas nordestinados não
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Há muita gente que chora
Vagando de estrada afora
Sem terra, sem lar, sem pão
Crianças esfarrapadas
Famintas, escaveiradas
Morrendo de inanição
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Sofre o neto, o filho e o pai
Para onde o pobre vai
Sempre encontra o mesmo mal
Esta miséria campeia
Desde a cidade à aldeia
Do Sertão à capital
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Aqueles pobres mendigos
Vão à procura de abrigos
Cheios de necessidade
Nesta miséria tamanha
Se acabam na terra estranha
Sofrendo fome e saudade
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Mas não é o Pai Celeste
Que faz sair do Nordeste
Legiões de retirantes
Os grandes martírios seus
Não é permissão de Deus
É culpa dos governantes
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Já sabemos muito bem
De onde nasce e de onde vem
A raiz do grande mal
Vem da situação crítica
Desigualdade política
Econômica e social
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Somente a fraternidade
Nos traz a felicidade
Precisamos dar as mãos
Para que vaidade e orgulho
Guerra, questão e barulho
Dos irmãos contra os irmãos
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Jesus Cristo, o Salvador
Pregou a paz e o amor
Na santa doutrina sua
O direito do bangueiro
É o direito do trapeiro
Que apanha os trapos na rua
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Uma vez que o conformismo
Faz crescer o egoísmo
E a injustiça aumentar
Em favor do bem comum
É dever de cada um
Pelos direitos lutar
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Por isso vamos lutar
Nós vamos reivindicar
O direito e a liberdade
Procurando em cada irmão
Justiça, paz e união
Amor e fraternidade
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Somente o amor é capaz
E dentro de um país faz
Um só povo bem unido
Um povo que gozará
Porque assim já não há
Opressor nem oprimido!